sexta-feira, 4 de abril de 2008

hoje a saudade me abraça forte.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

[Quase] Tudo Em Seu Lugar

Um tanto cedo demais pra se cantar vitória. Mas se vivo me lamuriando pelo mundo que cai na cabeça, por que não soltar alguns fogos fictícios quando algo vai bem?

Hoje estou de mãos dadas com uma sensação de dever cumprido. Engraçado, porque ainda há um tanto para se fazer...

"Jornalistar" das 8h as 14h, de segunda à sexta. Freela pra editora, sem horário definido, todos os dias, até que se torne possível o Guia maledeto estar pronto na próxima segunda. Suplemento de moda da revista, uma vez a cada dois meses, com tempo de preparo de uma semana também [coincidentemente a semana de freela e a semana pra terminar o suplemento é a mesma! Olha que incrível!]. Conversar com os entrevistados da semana para preparar pré-entrevistas, de segunda a quinta, no horário em que os fofos tiverem tempo. E claro, o roteiro para o programa, às sextas. Ah, tem também a aula particular de português, de segunda-feira à tarde, talvez.


[Hoje uma amiga perguntou “Mas você está conseguindo dormir ou trabalha da 00h as 6h também?” Calma minha gente. Não é tanta coisa assim! Ainda dá tempo de almoçar com os queridos ex-companheiros do antigo emprego, pausa para cafézinho - que na verdade é chocolate quente, porque não tomo café - , uma horinha com o querido salve salve terapeuta, paradinha pra escrever no blog, etc, etc, etc. Mas essas coisas precisam existir, senão a gente começa a babar, ter convulções, etc, etc, etc. Da tempo de trabalhar um pouquinho mais também. Tá precisando de algum texto? Manda o serviço aqui pra mim. Faço carta de amor, bilhete, pedido de devolução, telegrama, textos mequetrefes, mixurucas, complexos, incompreensíveis, acadêmicos, monografia, trabalho de história, biologia, jogo buzios, tarô, I Ching. Só não trago pessoa amada em 7 dias...]


E dessa lista toda, o que está feito?

O jornal. Um pedaço do guia. Uma ínfima parte do suplemento. A pré-entrevista. Alguma coisa do roteiro. As idéias para a primeira aula de português.

Mas sei lá. Está aqui sentado ao meu lado esse sentimento de ter feito tudo que era possível até o presente momento. Afinal, não dá pra adiantar o trabalho. Esse é um grande problema. Infelizmente não dá pra entrevistar alguém até que a pessoa esteja disponível para isso. Na maioria dos casos não adianta muito insistir. Além de, é claro, as vezes o indivíduo não ter a menor intenção de colaborar com o seu trabalho. Nem agora, nem hoje, nem no reveillon de 2037. Então estou em paz. Amanhã eu resolvo o que não ficou pronto hoje [O pensamento tem validade até segunda-vulgo-dead-line].

Depois de sabe-se lá quanto tempo, começo a sentir de novo aquela ilusão de que tenho um pouco de controle sobre as coisas que acontecem. Sem aqueles momentos total descontrol. Parece que voltei a dirigir a minha própria vida, que esteve nas mãos do piloto automático - bem burrinho, por sinal - por um longo e tenebroso período.


Beijo da Lola

Ps: A imagem é de brincadeira. Não estou tomando nenhum remédio. Juro por Deus. Quer dizer, talvez eu precise de um cataflan e um resfenol, porque o conjunto amidalite+gripe tá chegando aqui no pedaço. Caminhar na chuva tem efeitos colaterais! Mas ainda não tomei nadinha!

Luxo máximo plus advanced + Sex and the City


Eu NECESSITO postar isso aqui:

Agência permite viver por 4 dias como protagonistas de "Sex and the city".

Uma agência de viagens linda linda linda oferece a oportunidade para seus queridos clientes de se "transformarem" em Carrie, Samantha, Charlotte ou Miranda em NY por quatro dias ... e ainda comparecer à pré-estréia do filme, no dia 27 de maio.


"As fãs de Charlotte visitarão a joalheria Tiffany's e várias galerias de arte; as de Samantha comprarão na Madison Avenue e entrarão no sex-shop mais famoso do Soho; as de Miranda passarão o dia fazendo exercícios e relaxando no Central Park, e as de Carrie visitarão as lojas dos novos estilistas" (G1)


A brincadeira sai por cerca de R$42 mil. Filha, o que você tá esperando?! Vai já pedir o dinheiro pro papai!!!

Confira a notícia completa no portal G1!



Beijos da Lola Bradshaw

domingo, 30 de março de 2008

Discípula de Nigella II


Tá bom. O texto aí embaixo ficou grande demais e você não quer ler. OK.

Vou me redimir.

O que uma neurótica solteira faz num domingo friozinho como esse? Brigadeiro, é claro!

Mas, se você é um dos meus, brigadeiro é coisa do passado. Inventaram o Brigadeiro-Maxi-Plus-Advanced, meus caros. E chamaram de Palha Italiana. E não é que conseguiram deixar a coisa melhor???

A receita é, basicamente, brigadeiro com bolacha maizena. Mas como boa discípula de Nigella, deixo aqui a receita. Façam bom proveito!!!

Palha italiana

Ingredientes:


1 pacote de bolacha Maria ou maizena
2 colheres (sopa) de manteiga
4 colheres (sopa) de chocolate em pó
1 lata de leite condensado
Açúcar para polvilhar (se quiser. eu não usei)

Modo de Preraro:
Pique as bolachas bem pequenininhas e reserve.
Coloque em uma panela a manteiga, o chocolate em pó e o leite condensado. Misture e deixe engrossar até fazer o brigadeiro. Quando estiver no ponto, ainda com o fogo (baixo) aceso, despeje as bolachas e misture.
Desligue o fogo, e despeje em um refratário de vidro ou uma assadeira e espere esfriar.
Corte em quadradinhos e passe no açúcar (se quiser!! fica muito bom e muito doce sem também!).

Beijo da Lola

Um texto sobre muitas coisas

Antes eu só não tinha vontade de sair, encontrar as pessoas. As antigas, as novas, as futuras personagens dessa novela. Preferia ficar em casa esperando meu roteirista melhorar de seu humor negro. Agora sumiu a vontade de escrever também...

E aí fica o blog vazio... e a cabeça quase explodindo. Vai entender a lógica neurótica...

Mas domingo é aquele dia perfeito para iniciar mais um distúrbio mental, e/ou fazer coisas que você não deve - tipo ligar pra um ex-namorado e dizer coisas que pra ele soariam como se fossem ditas em aramáico. Além disso, hoje, mais do que nos outros dias, eu não sairia de casa por nada. Domingo não é dia de sair. É dia de se jogar no sofá.

Mas ficar jogado 24h enjoa também. Por isso resolvi escrever para ocupar a mente e, quem sabe, ajudar um pobre coitado que, assim como eu, caça o que fazer nesse delicioso domingo para ter uma crise de ansiedade ou histeria...

Lá vamos nós.

A melhor coisa que aconteceu comigo nos últimos tempos foi o GNT. Ninguém podia viver tanto tempo sem Nigella e Jamie Oliver. (Não para aprender receitas deliciosas e suas descomplicadas maneiras de prepará-las...mas porque dá uma vontade de cozinhar nas pessoas que não sabem nem fazer omelete).

Entre outras coisas, comecei a assistir (bem as vezes) o tal "Saia Justa". O programa é apresentado por Mônica Waldvogel, Betty Lago, Márcia Tiburi e Maitê Proença, discutindo sobre assuntos variados. Desde o mais clichê até o mais inusitado.

Peguei o programa meio no final ontem a noite. Pelo que entendi, cada uma das apresentadoras colocava uma questão na roda. A última foi a Betty Lago, que apresentou o movimento We Are What We Do. O movimento encoraja pessoas a mudar o mundo com suas pequenas atitudes do dia a dia.

No programa, a Betty Lago levou também uma lista: o pessoal do movimento perguntou às crianças o que elas poderiam fazer pra melhorar o mundo. E algumas das respostas foram "Ajudar a minha mãe" - escolhida simplesmente por ser a melhor e a mais simples idéia do mundo; "Fazer biscoito para os pássaros" - escolhida pelo romantismo; "Ensinar aos mais velhos como mandar SMS" - a idéia de integração.

É lógico que estas são idéias todas lindas. E havia mais um monte delas. Todas lindas. Mas a resposta que mais gostei foi da Márcia Tiburi: "fazer o que me compete".

Fazer o que temos competência pra fazer, sem dúvida, faria do mundo um lugar que beiraria a perfeição. Se cada um ficasse no seu lugar, sem dúvida viveríamos em paz, harmonia e tudo funcionaria corretamente. Se você é médica deve cumprir suas obrigações de médica. Se é jornalista, suas obrigações de jornalista. Se mãe, papel de mãe... Não adianta querer fazer aquilo que compete ao outro.

É lógico que nem todo mundo é competente, mas aí cabe outra discussão. Por enquanto falamos apenas daqueles que sabem exercer seus papéis e que não devem se meter no papel do outro.

Mas a frase dela só me chamou tanta atenção porque senti essa situação na pele nesta semana. Como todos sabem - se leram a descrição do blog - sou jornalista. O que não está muito atualizado é o meu emprego. Hoje trabalho em outro jornal e não escrevo mais sobre moda, arquitetura e decoração - por enquanto. (Além disso tem mais dois trabalhos, mas depois falo sobre eles).

Entrevistei uma pessoa. Para preservar sua identidade, não vou citar sua profissão. Mas enfim, fiz a entrevista. E com a humildade de uma jornalista praticamente recém-formada, com medo de escrever algo que tivesse interpretado mal, e mesmo por respeito à pessoa em questão, ofereci o texto para uma revisão da entrevistada, para que ela pudesse fazer alguma alteração necessária e indispensável para o bom entendimento do texto.

Mas a pessoa acabou se arrependendo da maneira como disse as coisas e quis mudar tudo no texto. Entendo o distúrbio bipolar, e até ai tudo bem...se ela tivesse atribuido o trabalho a mim. Mas ela, da área das ciências biológicas, reescreveu tudo sozinha.

E o texto estava carregado de termos incompreensíveis ao público-geral. Um verdadeiro desrespeito ao leitor, na minha opinião. Mas ela acha que sabe ser jornalista. Paciência.

É por isso que eu acredito no método "melhore o mundo" da Márcia: quando a gente faz aquilo que sabe, fica bom e muitas pessoas podem se beneficiar com isso. Mas se nos metemos a fazer o que não estamos capacitados a fazer, sai errado. Bem errado. E vai saber quantas pessoas podem ser afetadas... Imagina eu fazendo pesquisa em laboratório? Coitados dos que dependessem das minhas análises...



Beijos da Lola.


PS: Nada contra e absolutamente tudo a favor das pessoas que se arriscam a fazer aquilo que tem vontade, e lutam por isso. Tudo a favor das pessoas com força de vontade e iniciativa. Mas tudo contra pessoas intrometidas.