terça-feira, 13 de outubro de 2009

Pare. Olhe. Respire.

Feriado prolongado, sem dinheiro. (A greve dos bancos atrapalhou alguns planos). Domingo a noite, noite linda. Namorido e eu resolvemos caminhar até uma famosa e deliciosa sorveteria.

Chegando lá, milhões de crianças gritavam e corriam, milhares de pessoas conversavam muito alto...e até um cachorro latia ao lado da nossa mesa. Que pena. A Lunata costumava ser um lugar mais calmo...mas noites quentes tem esse poder sob sorveterias. Paciência...

De repente um casal me chama atenção. Um casal calmo e silencioso. Ele de terno, ela de coque. Um casal que deve estar na casinha dos 80. No meio do caos total, uma serenidade de dar inveja. As crianças puxavam cadeiras e batiam na cadeira da senhorinha, que não parecia se importar. Ela só tomava sorvete e falava baixinho, o que fazia o esposo se curvar, se aproximando um pouco mais para ouvi-la. O mundo nem reparou que os dois estavam ali. Mas eu não conseguia tirar os olhos deles.

Lembrei dos meus avós. Pensei em mim e no Fabrício. Questionei o furacão em que minha vida se transformou. E meus olhos se encheram de água. Bem ali, no meio da sorveteria. Aquele casal fez zilhões de pensamentos passarem pela minha cabeça. Comecei a pensar em como somos estúpidos de correr tanto. Como somos estúpidos por fazer tudo com pressa. Como o mundo é insensível.

Voltei mais devagar para casa. Mas mal chegou a terça-feira, primeiro dia depois do feriado, e aqui estou novamente acelerada. Perdi o controle do portão de manhã, sai atrasada e esqueci o casaco. Preciso terminar de digitar o texto para poder correr pro médico. E essa semana é o fechamento da revista e sou madrinha de casamento. Mais correria, menos tempo pra sentir a vida.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mulheres neuróticas x mulheres mal resolvidas


Não sei se alguém que lê esse singelo blog já confundiu uma coisa com a outra. Pelo menos a minha ideia de uma coisa e de outra é muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito diferente.
Mulheres neuróticas são praticamente todas as mulheres do mundo. Quem nunca ficou encafifada com alguma desculpa do namorado, ou com alguma coisa que o chefe falou? Quem nunca perdeu uma noite pensando nisso? Quem é que não surta um pouquinho, pelo menos uma vez no mês? Mulheres neuróticas não são nada além de mulheres frágeis. Por isso se afetam com alguma facilidade. Mas não há mal algum dentro delas.

Já as mulheres mal resolvidas são um tanto venenosas. Mulheres dissimuladas. Tá certo. Não são só mulheres. Temos seres humanos horríveis de todos os tipos. Mas eu tive o desprazer de trabalhar com algumas delas durante a minha ainda curta carreira de jornalista. (Também as tive em algum tipo de círculo de amizades, é verdade. Mas todo mundo tem seus pecados, né gente?) Mulheres desagradáveis, que tornam o dia um pouco mais difícil, mesmo quando você insiste em ignorá-las (e isso parece deixa-las mais doidas ainda, o que piora o efeito que elas tentam produzir em você).

Sei que é território arriscado falar sobre meu próprio gênero. Seria menos suicida falar sobre os homens e todos os problemas que eles tem. Mas hoje eu necessito desabafar sobre elas a minha felicidade em não precisar mais compartilhar o mesmo espaço - ao menos por enquanto.

E quem é que nunca teve a falta de sorte de dividir o dia com uma pessoa assim? Gente, como é difícil. Não sei bem qual é a minha teoria sobre o tema. Talvez, do mesmo jeito que existe quem fique feliz pela felicidade dos outros, torcendo por eles e estimulando as coisas boas (outro dia uma vendedora dessas lojas de cama, mesa e banho disse que eu deveria me casar, quando eu disse que estava morando com o namorido. Disse que eu seria uma noiva linda. E os olhos dela brilhavam, enquanto ela contava sobre o casamento de uma amiga. Achei tão fofo!), outras ficam felizes por causar o mal. Ou sei lá, a pessoa tem tanta angústia dentro de si que precisa compartilhar aquilo. Ou uma incapacidade de ser feliz e fazer alguém feliz. Sabe lá o que acontece. Como sou pensadora mequetrefe, me reservo o direito de não refletir muito sobre isso, porque sinceramente não me interesso o suficiente pelas causas desses comportamentos. Queira Deus, Buda, Shiva e quem mais olhar por mim que eu não precise mais passar por isso.

Graças a uma intervenção divina, por enquanto eu estou livre da convivência por obrigação, em todos os sentindos. Um trabalho freela tem inúmeras vantagens, minha gente. Vocês tem que experimentar.

E como já comentei com algumas pessoas queridas, depois de muito bater a cabeça faço questão de manter apenas relações saudáveis na minha vida. Deixa eu te contar um segredo: você não precisa conviver com aquela pessoa insuportável.

Tudo bem, as vezes ela estuda com você, trabalha na mesa do lado. Mas aí é chegar em casa e passar uma água benta, e tá tudo bem. Ajuda também levar uma folha de arruda na bolsa, um chamsa ou um olho turco.

Mas sabe aquela pessoa indigesta que vive no seu círculo de amizades? Ah amiga, caí fora. Não vale a pena ser refil de energia pra pessoas tão negativas.

Beijo da Lola

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Eu preciso de tempo


Pra mim, esse blog nasceu por uma necessidade absurda de liberdade de expressão. Eu precisava ter em algum lugar no mundo um espaço pra escrever o que eu quisesse. Chega de editores-chefes que não sabem o que querem fazer. Chega de donos de jornais que nunca serão nada além de empresários. Chega. Eu queria o meu lugar, pra fazer o que quiser.

Mas hoje virei refém. Hoje não. Já faz um bom tempo. Eu vivo pra escrever pros outros. E pra mim, comofas? Fico com esse vazio. A necessidade de escrever pra mim, e talvez, quem sabe - como um bônus - ser lida.

Mas não dá. Não dá tempo de parar pra escrever. Eu só estou aqui porque me permiti 10 minutos de irresponsabilidades. Resolvi que não ia ligar pra ninguém e que não ia a lugar nenhum por 10 minutos. Isso porque eu trabalho em casa. Teoricamente. Apesar de ser freela, o pessoal me quer no escritório diariamente, várias horas. Eu estou perdida.

Preciso de tempo pra fazer alguns exames. É phoda ficar velha e estragada.
Eu preciso de tempo pra namorar e ser namorada. É difícil morar junto e não viver arrumando a sala e o quarto, lavando louça e cozinhando. Tudo em conjunto, é claro, mas não tem mais aquele "se encontrar pra fazer algo legal juntos". Morar junto fode um pouco com o tempo da gente.
Eu preciso de tempo pra lavar o cabelo e conseguir seca-lo, posteriormente. Pois é phoda ter um cabelo tão indeciso quanto a dona deste blog, que não sabe se quer ser liso ou ondulado, e sendo predominantemente uma juba de leão.
Preciso de tempo para ler uma revista, um livro, um blog. Eu preciso me atualizar, afinal, sou jornalista, cacilda!
Preciso de tempo pra entender como esse blog funciona, e porque ele não mostra aos outros quando foi atualizado. Alguém menos analfabeto digital aí, por favor? Preciso de ajuda! Preciso reformar o layout também. Preciso atualizar mais vezes. Cade o tempo, meudeos?
Preciso de tempo para fazer uma caminhada. Ter um carro facilitou minha vida em termos. Nunca corri tanto em todos os meus 20 e poucos anos. Parece que ter carro faz com que as pessoas acreditem que você pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, e eu, pessoa responsável na maior parte do tempo que sou, tento honrar esse compromisso.
E só andar de carro rende uma preguiça, e consequente ganho de peso. Preciso andar. Definitivamente.
Preciso comprar um milhão de coisas. Mas aí, além do tempo, falta também dinheiro. Socorro.

Fora isso, tem ainda problemas tecnológicos: estou apenas com um celular. O outro, Sony, eu comprei em outubro e até hoje já foi pra assistência 3 vezes. Pessoas, aviso de amigo: se você é alguém que PRECISA muito de um celular, não compre um sony. Daqui a pouco a garantia vence e eu não consegui usa-lo por 4 meses seguidos sem ter algum tipo de problema.

Agora eu preciso ir, pois o dever me chama. Literalmente. Meu MSN brilha e apita. SOS.

Beijos da Dolores

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Mesmos problemas, outro ângulo

Sabe por que eu não escrevo mais aqui? Porque minha vida virou isso: ligar para serviço de atendimento para resolver os problemas das coisas que eu comprei. É algo inacreditável. Parece mentira, brincadeira, pegadinha, show de truman. Se eu contar ninguém acredita, quer ver?

- Há menos de um ano, comprei um celular beeem vagabundo porque perdi dois aparelhos praticamente de uma só vez. Há duas semanas, o carregador deste celular estragou. Foi um acidente doméstico, tudo bem. Nenhum problema com magnetismos sinistros...então esse passa.

- Neste final de semana, o celular do meu namorado estragou. Puf. Acabou a tela. Queimou. Do nada. Sorte que não estava na minha mão, mas eu estava por perto.

- Como no momento tenho dois celulares, emprestei um aparelho para poder me comunicar com ele. Eis que ontem o treco fica muito louco. Não sei nem explicar. Cada botão que você aperta dá um comando diferente. Por exemplo, a tecla 5 é a responsável por realizar chamadas. O "voltar" quer apagar toda e qualquer coisa que vê pela frente. E o "C", de clear, também. Ou seja, em poucas e sinceras palavras: fodeu.

- Antes de ontem, de repente, minha querida e batalhada internet desapareceu. O sinal sumiu, sem mais detalhes. Resolveu dar uma saidinha....Chamei o técnico. Ele veio e disse que alguém desligou o sinal do poste. Assim, sem mais nem menos. E ele jura que não foi ninguém da empresa. O pior é que eu acredito. Pelo menos ele resolveu meu problema. Até ontem...

- ...quando o sinal da internet sumiu de novo. Liguei mais uma vez na assistência. Eles me disseram que o sinal foi cortado porque eu não paguei a conta (?!). Comoassim?

Mais informações sobre o caso: adquiri internet no mês passado, e o vendedor, no momento da adesão, me explicou que eu só pagaria a quantia referente ao uso do mês + a mensalidade de julho, tudo no mesmo boleto. Acho que ele mentiu, ou se enganou muito.

- continuando...o gentil senhor da assistência por telefone me informou que enviaria o boleto por email e ia religar o meu sinal. Assim eu poderia pegar o boleto (que nunca chegou), pagar, e viver feliz para sempre.

- Até a noite minha internet não tinha voltado. Liguei novamente para a assistência. A menina me mandou desligar e ligar o modem. Eu fiz isso e a internet voltou. Ela disse que não tem registro de conta em aberto. O meu primeiro vencimento é só em 27 de julho. (?)

- A novela do notebook continua. Em janeiro, a parte do monitor arrebentou. Dentro da garantia, a Dell fez a lição de casa e mandou um novo. Nove meses após a compra. O reparo só foi finalizado em fevereiro. Eis que, sete meses depois...o mesmo problema recomeça. O monitor vai abrir de novo. Liguei pra Dell e eles me informam que, em peças trocadas, a garantia é de três meses. O problema é que o monitor deles tem validade de 7 a 9 meses....e aí, como faz?

- Ah! Só pra não deixar de lado, faz duas noites que a Claro envia protocolo de madrugada. Pontualmente, as 3h da manhã, eles enviam uma linda mensagem de número de protocolo. A ironia da coisa é que ontem liguei reclamando e hoje de madrugada chega a mensagem desse protocolo, as 3h da manhã de novo. Acho que a atitude é um estímulo pra você nunca mais ligar reclamando de nada. "Se você ligar pra gente, vamos te mandar mensagem de madrugada!!!" Uma ameaça velada, eu diria. Vou procurar a polícia. O procon. O que seja.

Mas uma coisa é certa: eu perco um tempo precioso resolvendo problemas de coisas que deveriam agilizar a minha vida. E se isso não é uma maldição...então alguém me explica o que é, por favor.

Por enquanto é "só" isso.

Beijos da Lola.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Novos velhos problemas tecnológicos

Notícia na Folha de SP: Garoto "magnético" trava computadores da escola (http://www.folhadeseupaulo.com/2008/03/eua-garoto-magntico-trava-computadores.html)

De acordo com a notícia, publicada em março, o tal Joseph Falciatano tem problemas para usar aparelhos eletrônicos. Ainda segundo a matéria, se o garoto passasse a usar um aparelho antes utilizado sem problemas por outro aluno, em seguida ele começava a falhar.

Alguma semelhança com a dona deste blog?? Hein? Hein???

Só pra constar: Meu celular (que tem cerca de 4 meses) tem problemas. A luz da seta do meu carro (que tem apenas 3 meses) queimou. O HD do meu notebook (que acabou de completar um ano, com pouco uso pois não tenho net em casa) está pifado. Quando tentei usar o computador do escritório, ele também começou a travar.... Mais alguma coisa que os leitores lembrem?

Acho que eu preciso fazer alguns testes com o dr. Kelly Robinson. Será que esse tal de Joseph tem orkut, msn, myspace, etc? Se alguém souber, me avisa!

Beijo da Lola magnetizada


PS: Ainda bem que meu cartão de crédito nunca deu problema!
PS2: Aí, pronto. Só falta ser esse o próximo caso de problemas magnéticos/elétricos da dona Lola.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

yeah baby, I'm back!

porque todo bom neurótico nunca abandona a neurose!

Olá fieis leitores deste blog!

Eu voltei. E não voltei no estilo "neuroses tecnlógicas". Agora é old school. Vamos começar a nova teoria mequetrefe que é:

O início da neurose

Bem galere, é o seguinte: Você começa a se relacionar com uma pessoa legal. Claro que há problemas. Sempre tem problemas, diferenças, etc. Mas vocês administram com toda a graça e leveza do universo.

Aí, por exemplo, você não tem muita afinidade com os amigos dele, mas nunca o proibiu de sair com eles. Nem fez manha, nem fez bico, nem fez cara feia e derivados.

Eventualmente - bem eventualmente - ele acaba saindo com os amigos. Você prefere ficar em casa. Ou então ele sai com os amigos quando você viaja. Até aí tudo bem, certo? Tudo caminha como deve ser. Até que... (trilha sonora macabra mode on)...

Ele resolve mentir. Sim, do nada, o cara inventa alguma coisa. Ele prefere dizer outra coisa que não é a verdade, total verdade verdadeira. Ele diz que estava fazendo prova, por exemplo, quando na verdade estava no bar com os amigos.

A garota, ao sentir o cheiro de inverdade no ar, inevitavelmente ativa o neurotic mode. Começa olhando o celular para ver se encontra ligações e SMSs que comprometam seu amadinho. E aí, como todos sabem (clichê mode on) quem procura acha. Pode ser tanto uma simples saidinha com os amigos...como pode ser uma traição. Mas aí pronto. Já foi plantada a semente da dúvida.

E aí, quem sabe responder o que isso cria?

Acho que toda mulher sabe que uma mentira gera insegurança. Se você é meio descompensada e briga com o cara toda vez que ele vai beber uma cerveja com os amigos, não vale. Ele mente pra você porque você é chata. Mas se você sempre leva numa boa e ele mente, o que acontece?

A cabeça começa a ferver se perguntando "por que? por que meu Deus? por queeeeeeeeeeeee????" e assim segue.

E a verdade é que aí é o começo da neurose caríssimos. É aí que o bichinho começa a ganhar vida, e crescer, crescer e crescer!

Uma mentirinha inocente pode ser só uma mentirinha inocente para a pessoa que a conta. Mas na cabeça de quem recebe isso - principalmente se for um dos nossos neuróticos -, cria-se uma imensa teoria. E infelizmente queridos, a coisa começa a complicar.

É só o simples começo de tudo. Há os níveis de neurose, é claro. Simples, Moderado, Avançado, Insuportável e muito mais. Se a pessoa tiver um bom auto-controle, ela consegue manter uma "desconfiança saudável e sob controle". Mas sabemos que isso não é um caso muito comum...

Por isso eu peço aos amigos e não-amigos leitores que não plantem a semente da dúvida. Se não der pra falar a verdade, por favor, não deixem rastros.

Ficaadica!

Beijos da Lola, neurótica forever.

terça-feira, 14 de abril de 2009

É o fim do mundo...

Ok. Vamos assumir. O blog foi abandonado e blablablá. A lista de links favoritos está completamente desatualizada. O layout já cansou e tudo mais. Mas eu preciso postar e não vai dar tempo de arrumar tudo que não está certo aqui dentro. É uma coisa ou outra. Então vamos ao post de hoje que se chama

É o fim do mundo...

Fomos - eu e minha amiga - cotar uma impressão de um jornal. Um projeto paralelo, no meio de tantos outros projetos paralelos nos quais eu inventei de me enfiar.
Nós, projetos de marinheiras de primeira viagem, tentando descobrir o preço de uma tiragem de X exemplares.
A medida em que as pessoas faziam as perguntas sobre o projeto, íamos respondendo.
"Tipo do papel?" "Gramatura?", "Tamanho?", etc, etc...

Depois o povo ficava de me mandar o orçamento por e-mail e beleza, tudo lindo.

Daqui a pouco toca o telefone no escritório e eu atendo: "ONG Origem, boa tarde". E o cara legal diz: "Hã? O que é isso?"

Antes que eu tivesse tempo de explicar, ele já me perguntou, em um tom pouco cordial, se eu é que tinha ligado lá mais cedo pra pedir orçamento.

Eu disse que sim e ele me encheu de perguntas. Eu repeti algumas respostas que havia dado anteriormente, e ele continuo perguntando outras coisas. Eu fui respondendo o que sabia e pedindo também a orientação dele, profissional da área, que deveria saber um pouco mais do que eu, certo?

Claro que não né. Como o caro leitor já sabe, as coisas nunca são simples por aqui.

Daqui a pouco o rapaz queria o meu projeto pronto pra que pudesse fazer um orçamento. E eu tive que responder que meu projeto só estará pronto depois que eu tiver todos os orçamentos de todas as etapas em mãos. Preciso saber o valor de tudo pra saber se vou ter dinheirinhos para pagar certo?

Para o senhor simpático com quem eu estava ao telefone, não estava certo não. Ele queria saber de onde eu tinha tirado aquele tamanho. Como eu sabia a gramatura do papel. Por pouco não me pergunta quem eram meus pais. Tudo num tom muito nada cordial. E enquanto eu tentava explicar o que era o meu projeto, ele me interrompia constantemente.

Eu disse que não estava entendendo porque ele parecia estar bravo comigo. Ele disse que precisava dessas informações para fazer o que eu estava pedindo. Eu já tinha começado a achar aquilo tudo muito estranho, e disse que outras gráficas haviam me passado um orçamento sem eu precisar apresentar um projeto final para elas - (e meu cpf, rg, habilitação, declaração do imposto de renda, histórico escolar, etc e tal).

Ele me perguntou se estava falando em árabe comigo. E eu achei que tinha sido o suficiente. Disse que não precisava dos serviços dele, e que iria trabalhar com as gráficas que já haviam passado o orçamento. Falei que preferia educação antes de qualidade. E ele riu na minha cara e disse que eu era a primeira pessoa que dizia isso pra ele. Eu disse que tinha meus valores.

Ele estava gritando ao telefone, dizendo que eu não sabia o que queria. Eu pedi que ele desligasse o telefone, para que eu não precisasse desligar na cara dele. Mas ele continuou gritando um monte de coisas, que eu não ouvi porque já tinha desligado meus receptores auditivos, e em seguida desliguei o telefone também.


Aí eu fiquei pensando se o mundo não está mesmo acabando. Eu era uma possível cliente dele. E o cara me tratou como...sei lá como. Eu não trato nem empregado, nem bicho nem ninguém desse jeito. Eu acho que o princípio de tudo está na educação. Tratar bem as pessoas independente do que elas precisam ou do que nós precisamos. Mas, segundo o cara da gráfica, só eu penso assim.

Só pra citar outro exemplo de problemas com atendimento ao cliente, outro dia fui com meu digníssimo McDream numa loja do shopping e pedi pra mocinha um moedor de alho e cebola. Ela disse que ia verificar, foi até o balcão falar com a moça do caixa e disse: "Ai, eu queria um leite gelado e..."

E...aí eu parei de ouvir e saí da loja né? Gente, cade o profissionalismo dessas pessoas? Cadê a mãe dessas pessoas? Ninguém mais sabe a diferença entre o lugar de trabalho e a sala de casa? A diferença entre a esposa, a mãe, o cachorro dele que seja, e um cliente?

Pra mim, estamos no fim dos tempos. E é isso por hoje.

Beijo people.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Eu seeeiiii!

Pessoas queridas e não queridas,

Eu sei que preciso postar. A minha vontade de escrever é uma coisa maior do que eu. Parece que eu abandonei um filho quando penso que só postei 5 vezes em 2009. Mas amigos e não amigos, eu não tenho tempo. Não tenho internet. Não tenho casa.

Então tive a idéia de fazer um top 5. Tipo um reprise do Jô quando ele tá de férias? Então...
Mas eu preciso de tempo pra procurar os textos que eu mais gosto. Se vocês quiserem podem ajudar, sugerindo o texto que vocês mais gostaram!

Por hoje é só, pessoas!

Beijo saudoso da Lola

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Tá tudo explicado

Quando eu e meu querido Kio tomamos a decisão de batizar o blog com esse nome, eu não sabia que na verdade dava início ao que poderia chamar hoje de maldição. Sim. Por que? Explico.

A princípio a idéia era reclamar de nossas neuroses amorosas, nossos conflitos internos, nossas crises existenciais e etc. Mas com o passar do tempo, acho que os deuses entenderam que a neurose era com a modernidade. E aí eles me castigaram.

Sim, essa é a minha nova tese mequetrefe. Desculpa a viajada, mas eu preciso encontrar uma razão pro ódio das coisas modernas para com a minha pessoa.

Só atualizando, para depois avançar a história: o meu problema no notebook foi resolvido. Por outro lado, ninguém me ligou da Sony, como prometeram, para dizer se posso trocar o celular que eles escolheram pra mim. Mas eu estou começando a me conformar, porque está difícil viver mudando de chip de 5 em 5 minutos. Algo me diz que isso ainda vai fazer meu celular explodir.

Continuando...: Depois de muitos meses sem internet, consegui, após muitas assembléias ordinárias e extraordinárias em casa, convencer todas as duas pessoas que moram comigo a instalar uma linha telefonica e uma internet rápida. Aí, como nada é fácil nessa vida, a empresa me contou que eu não posso colocar os dois serviços assim, de uma vez. Precisa instalar o telefone e esperar até 2039 pra conseguir instalar uma banda larga.

Como eu já cansei de brigar com empresas de celular, telefone e etc, resolvi aceitar...porque afinal, finalmente teria minha tão sonhada internet - mesmo que não fosse uma coisa imediata, pelo menos havia uma perspectiva de que em um belo dia ensolarado, um cara muito bacana ia fazer com que meu lindo notebook se conectasse novamente ao fantástico mundo virtual.

Eis que, 12 dias depois (eles prometeram 7) chega uma carta me dando parabéns, e afirmando que minha linha telefonica estava instalada. A instalação interna já estava feita...então era só ligar o tel na tomada certo? Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao. Claro que não. Liga na tomada e vai lá ver se funciona...

Aí eu pego o celular - que um dia vai explodir com a troca de chips - e ligo pra empresa de telefonia pra dizer que a coisa não deu certo. Depois de 20 minutos no telefone, a minha colega de apê resolve ligar para o número de telefone que chegou junto a carta, dizendo-se nosso, com a finalidade de ouvir a mensagem "Este telefone não existe" e para que, posteriormente, eu pudesse gritar "rá! tá vendo, não existe!"para aquela pessoa tãaaao inteligente que me atendia pelo telefone.

Porém....o telefone existe sim. Uma criança atendeu e chamou minha amiga de "vovó". Pensamos que podia ser uma incrível ligação para o futuro, quando minha amiga resolveu pedir pra criança chamar o pai dela e descobrimos que a linha existe há 3 meses e eles também tiveram problemas com o número na época da instalação.

Aí fui explicar a situação para a garota-gênio-do-atendimento e ela me transferiu pro setor de cancelamento. No setor de cancelamento me disseram que eu não posso cancelar meu contrato. Preciso cancelar o número de telefone. Mas se eu cancelar meu número de telefone na verdade estarei cancelando o número de telefone de uma família que nada tem com o meu problema.

Então, até agora eu não tenho telefone. Tenho uma linha pseudo-instalada, com um número misterioso, que nem a Telefônica sabe qual é. E eles ainda tentaram me convencer a esperar pelo reparo - que leva até 48 horas - e continuar o contrato.

Ah colega, não sei porque...mas acho que não vale a pena né?!

Então gente...respondam à enquete: a tecnologia me odeia ou é o mundo tecnológico que está muito mequetrefe?

Ficaadúvida.

Beijonãomeligaporquenãotenhotelefone!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Desabafos de uma Lola-Loser

Esse deveria ser meu novo nome do momento. Estou me sentindo um verdadeiro fracasso no campo emocional.

Muitas pessoas costumam me pedir conselhos. Algumas pessoas da família chegaram a encorajar um curso de psicologia.

E toda essa "inflada" na bola que me deram, me fez acreditar que eu realmente conhecia bem as pessoas. Mas algumas coisas tem aparecido na minha frente, gritando e vestidas de gorila, me mostrando que eu não sei quase nada.

Por exemplo o caso do doido que saiu comigo por alguns meses, sem que eu tivesse o menor conhecimento sobre o assunto. Sabe aquela coisa de jardim de infância? "Eu namoro com ela, mas ela não sabe". O meu caso foi parecido. O bacanissímo espalhou que saia comigo para os quatro cantos e eu nunca tinha saído com ele.

Ele era meu amigo. Corrigindo: eu achava que ele era. Confiava no cara, saia pra conversar e tal. Virou um confidente, uma pessoa com quem eu contava logo que mudei de cidade - e tudo parecia um outro planeta. Eu até percebi que rolava um clima, mas achei melhor deixar as coisas como estavam, já que eu estava fechada para balanço e ele não parecia muito decidido em seu campo amoroso também.

Depois que nos afastamos, fiquei sabendo que ele espalhou que saia comigo. A gente pensa que conhece alguém. Coloca essa pessoa no seu círculo de confiança. E aí acontece uma coisa desse tipo.

Isso aconteceu já faz um tempo. E é só um exemplo de confiança-mal-aplicada. E eu só vim falar sobre isso porque essa semana aconteceu outra coisa que me fez lembrar como eu não sei apostar muito bem.

Ainda bem que tem alguns amigos, aqueles bem poucos, com quem a gente nunca precisa deixar de contar. (Mas nem por isso estou me sentindo menos loser neste instante)...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Dica do dia

Constatação nº 5738


A vida é uma chinelada na cara. Nunca te dá o que você quer, até que você pare de querer. Se quer agito, ela te dá paz. Se quer paz, ela traz agito. Gizuis, passiença...

sábado, 24 de janeiro de 2009

U ó du borogodó

A tecnologia me odeia. Descubra como - e tente me explicar o por quê!


Cá estou eu again, queridos e não queridos leitores.
Ausente, muito ausente, eu sei. Mas estou apostando em uma vida sem tecnologia. Ou melhor, a tecnologia está apostando em uma vida sem Lola.

Calma que eu explico. Mas vamos com calma porque são meses de história...

Pra começar, vamos retomar aquele velho problema do celular. Os fiéis leitores vão se lembrar que em outubro eu perdi um aparelho que tinha há 3 anos. Ele não tinha milhões de funções como GPS, lipoaspiração, forno de microondas e toda essa coisa que os celulares modernos tem, mas não me dava dor de cabeça e era lindo.

Pois é. Mas eu perdi e tive que comprar outro. A escolha? Um SONY ERICSSON. Modelo w380. Roxo. Bonitinho e tal. E aí tive o verdadeiro contanto com a vida moderna: as coisas são um lixooo. Em pouco tempo, tipo umas duas semanas de uso, as teclas 1,5, # e o teclado direcional não funcionavam. Ok. Mandei pra assistencia. Um mês na assistência. Voltou. Com o mesmo problema. Mandei pra assistência de novo. Ficou 15 dias na assistência. E agora chega em casa um celular novo, de um modelo ainda mais moderno, porque o meu num *fununcia mais. Era pra eu ficar contente, se eu tivesse gostado do aparelho que a Sony Ericsson me enviou. Um w580 preto. E nem venha me dizer que o aparelho é legal. Eu achei ele feio. Eu não gosto de aparelho de slider. Eu não gostei e pronto.

Acho a maior sacanagem eu ter que ficar com o celular que eles escolheram pra mim. Pode ter mais funções, pode ter raio laser, chapinha, flavonóides antioxidantes, lactobacilos vivos ou o que seja. Eu não escolhi esse aparelho. Eu não uso celular pra tirar foto. Eu tenho câmera, obrigada. Eu não uso celular pra ouvir música - eu mal uso meu mp4 pra ouvir música! E o outro já era walkman, então tipo...aloôou? Pra que?? Por que eu vou querer um celular feio com 200 milhões de funções se eu tinha um bonitinho com 100? É o fim do mundo, pipôul.

Mas, como sempre, essa não é toda a dor de cabeça dessa drama queen. E mais uma vez a tecnologia se rebela contra essa Maria Dolores que vos escreve... E bem no mês em que terminam as quase infinitas prestações do meu lindo notebook, adivinha...? Ele não deu um probleminha qualquer em um software. Eu não vou precisar formatar nem perdi todos os meus arquivos. Isso seria muito simples, muito descomplicado. Eu já me desapeguei dessas coisas. Nem ligo mais de perder toda a minha memória-fotográfica-digital porque já aconteceu diversas vezes. "E então Lola? O que aconteceu afinal?"

Simples caros coleguinhas virtuais e não virtuais. O notebook abriu. Sim, abriu. Sabe, abrir? Como se alguém tivesse passado um abridor de latas na tela. Depois posto fotos. Caiu até parafuso. E pra quem acha que eu sou uma pessoa descuidada, que meu notebook tem 20 anos e que ele virou dois porque eu o derrubei: usei o notebook poucas vezes desde que o adquiri, há 10 meses. Na época morava ainda em Lego-city, e como tinha um PC, recorria ao nada anatômico computadorzinho poucas vezes. Depois me mudei para Playmobil-city e lá não tenho internet (fica aqui mais do que justificada a minha ausência). Logo, praticamente não uso também. Quando uso o PC é em alguma lan house - e anteriormente, um outro no finado emprego.

E agora - logo agora, coincidentemente agora - que preciso usar o computador em casa, por motivos de trabalho - aleluia! -, o negócio desanda. Resolve abrir no meio, virar dois. É possível?

Será macumba? Será mau olhado? Será uma piada de humor negro? Será inferno astral antecipado?

Por enquanto, essas questões tecnológicas estão sem solução. Nesta segunda vou ligar na Sony e na Dell (sim, meu note é da Dell. Alguém tem Dell aí? Se tem, já teve esse problema? Socorro, gizuis!) e rezar pra que tudo fique bem no final.


Galere, hoje é isso. Depois eu volto pra contar a história do doido do celular...

Beijonãomeliga!