terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Happily ever after


Ninguém gosta de finais.

Final de festa, por exemplo. Ou final de um livro bom - eu, pelo menos, não quero que termine nunca. E quando era pequena, ficava enrolando pra tomar o sorvete porque eu queria que ele durasse pra sempre.

As vezes dá vontade de que uma coisa seja infinita. Mas a culpa não é nossa. Quem manda a festa, o livro ou o sorvete serem tão bons? Mas eles acabam. E bate aquela tristeza.

No caso da festa, dá uma depressão de domingo.
Já com o livro, pode bater uma depressão até mais forte, dependendo do apego às personagens.
E com o sorvete é mais rápido, dura uns 10 segundos aproximadamente.

Verifica-se minha tendência a postergar os finais desde os primórdios...contudo, há finais que me agradam muitíssimo.

Pode parecer um tanto estranho, mas quando o amor acaba, pra mim, é uma coisa boa. É verdade que choro até desidratar quando um namoro acaba, mas finais de namoro não tem a mínima conexão com finais de amor!

"Uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba". (Paulo Mendes Campos)

E é tragicamente assim. Um dia você acorda e o amor não está mais lá. E você não lamenta por isso. Você não chora mais. Não dá nem saudade. Você esquece as promessas que fez e ouviu, o telefone, o nome do meio... e muitas vezes a sua melhor amiga que te lembra de algumas coisas que você viveu com esse ser do passado. Você nem precisa de uma Lacuna Inc! Você deleta o cara sem querer. E então está livre. E esse é o verdadeiro final feliz da contemporaneidade!

Mas as vezes o amor simplesmente não acaba. E aí meu amigo...aí é foda.



Beijos da Lola.

Ps: Me desculpem pela ausência nos blogs. Mas como podem perceber, não tenho passado muito nem pelo meu!