sexta-feira, 19 de outubro de 2007

A arte e a ciência da confusão

Tenho duas coisas pra falar, mas vou colocar em tópicos diferentes, pra não misturar demais os assuntos e fazer com que assim percam a importância.

Primeiro caso:

Estava voltando do trabalho pra casa, a pé. Um belo dia para uma caminhada.
De repente passa um senhor de carro do meu lado, todo sorridente e abanando. E eu sorri de volta - porque ser neurótica não implica ser mal-humorada!

A rua era em sentido contrário ao que eu estava caminhando, portanto eu estava indo pra um lado, e o homem para o outro.

Andei mais um quarteirão...e quando chego no outro....lá estava o cara com o seu carro estacionado. Ele estava me esperando...

No momento eu pensei várias coisas: o cara tinha se perdido...o cara precisava de informação, e por fim fiquei bem nervosa, imaginando porque o cara tinha dado a volta no quarteirão e parado ali, um quarteirão pra (minha) frente (e pra trás pra ele).

Então ele veio falar comigo: "Oi queridaaa". Percebi que ele poderia não me oferecer risco enquanto ser humano do sexo oposto. Mas ele poderia estar fingindo pra me enganar, certo?

"Mas menina, há quanto tempo não te vejo? Como você está diferente! O que você fez? Pintou o cabelo?"

E eu, tentando reconhecer a figura, acenei com a cabeça positivamente - afinal, eu realmente pintei o cabelo!

"Mas você tá estudando? O que tá fazendo?"

E eu: "To trabalhando no jornal" - ué, eu ainda tava botando fé que podia conhecer o sujeito!

"E se formou em jornalismo?"

E eu: "Sim"

"Por que você não me falou? Eu tinha te dado um presente de formatura! Mas faz tempo que não te vejo! Quanto faz? Um seis meses?"

E eu: "Ah, deve fazer mais!" - se eu o conhecesse realmente, faria mais tempo do que 6 meses...porque eu nunca vi esse cara em 6 meses. Disso eu tinha certeza.

"Pera ai...." - e entrou no carro. E eu comecei a tremer. Já imaginei uma arma no porta-luvas.

"Olha, me fala 6 números. Ninguém ganhou o último sorteio. E da última vez você me deu sorte. Acertamos 3 números, acredita?! Se eu ganhar eu juro que dividimos o prêmio".

E então eu passei 6 números. 07, 08, 20, 24, 48, 65. Aleguei ainda não ter almoçado, às 15h30. E era verdade. Ele avisou que vai pra SP comprar roupas amanhã, e que vai trazer coisas lindas pra mim. E então ele me deixou ir embora.

Não sei com quem ele me confundiu...não tenho a menor idéia de quem ele seja. Esse é o tipo de coisa que você acha que só acontece em crônicas. E o dilema é real: Dizer que não conhece ou entrar na brincadeira? São segundos de dúvida cruel.

E depois ficou um sentimento de culpa. Ele era muito bacana. Queria me dar presente de formatura. Me deu até uma bala. Foi tão simpático. Vai trazer blusinhas lindas de SP...

Mas eu não podia fazer nada depois. Já estava feito. Tomara que ele me perdoe quando descobrir que eu não sou quem ele esperava. Isso se ele não for algum doido de pedra...Ou será que eu sou a pessoa que ele conhece?

Beijo da Lola, mais confusa que o tio - ou será que o tio não estava confuso coisa nenhuma?

PS: Será que estive à beira de um sequestro e o cara me achou gente boa e desistiu? Na hora que ele entrou no carro eu podia jurar que eram os últimos momentos da minha vida. Pode ser só uma neurose...mas, sem brincadeira, eu fiquei assustada e cheguei em casa tremendo! Quando você trabalha num jornal, escuta casos horríveis toda hora. Então, just in case...se eu não postar mais, foi o cara do Escort Azul, placa 8955.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Coisas muito estranhas


Geralmente meu perfil é visitado por pessoas "normais".

Esporadicamente aparece algum perfil falso, daqueles sem foto, sem scrap, sem amigos, etc.

Às vezes passam desconhecidos, mas quase sempre são nomes conhecidos.

Não sei se é uma nova "febre" do orkut, do tipo "seja capa da nossa comunidade" ou "ganhe dinheiro dormindo" ou ainda "perca 15 quilos em uma semana". Mas é fato que ontem, duas garotas de programa - falsas ou não - visitaram meu perfil no orkut. Nada contra elas, nenhum preconceito nem nada. Mas eu achei isso muito estranho!

Outra coisa estranha que eu vi hoje foi a Suzana Vieira. Muita gente me acha uma alienada por não assistir novela, mas people, eu não tenho culpa. Eu não gosto! A última que assisti deve ter sido "o cravo e a rosa". Então, hoje, pela primeira vez, eu vi a Suzana Vieira na novela. E eu achei isso muito estranho!

Precisa assinar pra dizer que é a Lola?

Bom, beijo da Lola então!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Sobre meu transtorno bipolar


Não devo ter comentado ainda minha suspeita sobre ter transtorno bipolar. Mas já deve ter eficado evidente pelos posts. E se não ficou, bom, aqui está a prova concreta que todos precisavam. Meu bom-humor foi embora num espirro.

Hoje cedo ainda restava algo daquela ingênua felicidade. Mas como eu previa, as 18h o bom-humor batia o cartão e dizia "Bye bye miss Lola".

Agora, diante das atuais circunstâncias, me recuso a ceder ao lado B do transtorno bipolar. Portanto conheçam minha munição anti-deprê:

Pôquer

Ainda não aprendi a jogar. Mas assisti Celebrity Poker Showdown sábado, e o Rodolfo me passou o site pra pegar um programinha sensacional, no qual ele já teria perdido - virtualmente, é claro - 10 mil dólares. A-mei! Meu novo vício - tomara!

Lisador

"Controla a dor no pós-operatório e nas manifestações dolorosas em geral". Como é? Li certo? Manifestações dolorosas em geral? "Geral" englobaria manifestações dolorosas emocionais? Então amigo farmacêutico, mande o estoque pra minha casa, por favor!


Bem people, vou parar por aqui. Hoje estou super-afim de ficar em casa...porém, como estou sob a guarda de Lady Murphy, tenho que sair. C'est la vie...

Beijo da Lola

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Coisas que fazem bem numa terça-feira


Sei lá o que me deu hoje.

Estranhamente, esta neurótica que vos escreve acordou bem humorada. Tão bem humorada que resolveu reformar o blog.

Me veio também uma vontade de nunca mais brigar na vida. É tipo "nunca mais bebo", dura uma semana no máximo, talvez... mas gostaria que fosse pra sempre. Imagina uma vida sem conflitos, cheia de paz? Você acha chato? No momento a idéia me parece sensacional.

Então resolvi esquecer a dor da saudade do Kio - que aparece bem às vezes pra me dar um "oi" e hoje me deu um "ok" para realizar a reforma - e arrumei nossa casinha esperando que um dia ele passe por aqui e ache tão legal e lindo quanto eu achei.

Estou meio hippie também. Vi uma árvore carregada de flores e senti uma felicidade quase anormal. Vai entender o que eu enxerguei ali naquela hora...coisas de uma neurótica delirante sob o efeito do ar!

A noite minha avó quis pedir pizza. Sentei do lado dela e comi pizza... e tomei coca. E fiquei mais feliz. Que estranho isso gente, mas eu to adorando!

E depois recebi uma ligação inesperada. Não vou dizer que estou neste estado de graça por isso, mas na verdade me deixou um pouco mais feliz. É bom saber que depois de tanto tempo as pessoas ainda lembram tanto da gente. É esquisito, mas é legal.

Já eu sou uma pessoa que esquece, não por mal. Acho que é como um anticorpo... Esquecer pra poder me desligar das coisas passadas e mal-passadas.

Mas às vezes a pessoa te liga pra te lembrar de coisas boas. E é estranho. Mas faz também faz bem.

Ah, preciso falar... no episódio de Grey's Anatomy desta semana (4x03) tive uma surpresa maravilhosa: Um Gilmore Guy estava lá. Que saudade de Gilmore. E que bom que eles misturaram as coisas!

Beijo da Lola



Sobre o Wal Mart e a vida - moderna, é claro!


Antigamente, bem antigamente, as pessoas precisavam fazer as coisas. Pra comer carne, arroz e batata, precisava matar o bichinho, colher as coisas na plantação... E isso só pra falar da comida...

Hoje as pessoas só precisam comprar - e colocar no microondas. A coisa vem prontinha do super, ultra, mega hipermercado. Lá está praticamente a fonte de toda a vida. É só pegar o carro pra ir até lá - e "lá" deve ficar há uns 5 quarteirões da sua casa.

Então me fala, que noção a gente tem de cultivo?

Nenhuma né people...nenhuma!

A gente pega tudo na prateleira, dependendo da necessidade do momento. Um "namorado" quando se sente carente, um "amigo" quando precisa bater um papo, um "amigo-de-balada" quando precisa sair. Etc, etc, etc...

Ninguém precisa cultivar velhas amizades, bons relacionamentos. Qualquer problema, desentendimento, desacordo, é motivo pra jogar tudo pela janela, no lixo, ralo ou na privada - depende de onde você prefere - e procurar o mercadinho mais próximo.

Pra que conservar gente? Pra que valorizar o que temos? Ou tinhamos? Bobagem, amiga! Pura bobagem! Afinal, tem em todo lugar. Tudo igual, produção em série. Quebrou compra outro. Fácil fácil.

Beijo da Lola-atrasada-pra-ir-ao-supermercado

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Máximas mequetrefes sobre a vida moderna


A vida é mais ou menos igual ao MSN: às vezes não tem ninguém interessante. Às vezes não tem simplesmente ninguém. Outras, dá vontade de bloquear todo mundo. E tem as vezes com tanta gente que você nem consegue administrar.

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A vida é mesmo injusta. Quando um cara lindo e fofo te liga, te chama pra sair várias e incessantes vezes, diz que você faz falta, etc, etc, etc...pode ter certeza que você está afim de outro cara.

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Por enquanto chega de sabedoria. Vou ver Grey's Anatomy e volto mais tarde com outras conclusões sensacionais.

Beijo da Lola-filósofa-de-meia-tigela