terça-feira, 14 de abril de 2009

É o fim do mundo...

Ok. Vamos assumir. O blog foi abandonado e blablablá. A lista de links favoritos está completamente desatualizada. O layout já cansou e tudo mais. Mas eu preciso postar e não vai dar tempo de arrumar tudo que não está certo aqui dentro. É uma coisa ou outra. Então vamos ao post de hoje que se chama

É o fim do mundo...

Fomos - eu e minha amiga - cotar uma impressão de um jornal. Um projeto paralelo, no meio de tantos outros projetos paralelos nos quais eu inventei de me enfiar.
Nós, projetos de marinheiras de primeira viagem, tentando descobrir o preço de uma tiragem de X exemplares.
A medida em que as pessoas faziam as perguntas sobre o projeto, íamos respondendo.
"Tipo do papel?" "Gramatura?", "Tamanho?", etc, etc...

Depois o povo ficava de me mandar o orçamento por e-mail e beleza, tudo lindo.

Daqui a pouco toca o telefone no escritório e eu atendo: "ONG Origem, boa tarde". E o cara legal diz: "Hã? O que é isso?"

Antes que eu tivesse tempo de explicar, ele já me perguntou, em um tom pouco cordial, se eu é que tinha ligado lá mais cedo pra pedir orçamento.

Eu disse que sim e ele me encheu de perguntas. Eu repeti algumas respostas que havia dado anteriormente, e ele continuo perguntando outras coisas. Eu fui respondendo o que sabia e pedindo também a orientação dele, profissional da área, que deveria saber um pouco mais do que eu, certo?

Claro que não né. Como o caro leitor já sabe, as coisas nunca são simples por aqui.

Daqui a pouco o rapaz queria o meu projeto pronto pra que pudesse fazer um orçamento. E eu tive que responder que meu projeto só estará pronto depois que eu tiver todos os orçamentos de todas as etapas em mãos. Preciso saber o valor de tudo pra saber se vou ter dinheirinhos para pagar certo?

Para o senhor simpático com quem eu estava ao telefone, não estava certo não. Ele queria saber de onde eu tinha tirado aquele tamanho. Como eu sabia a gramatura do papel. Por pouco não me pergunta quem eram meus pais. Tudo num tom muito nada cordial. E enquanto eu tentava explicar o que era o meu projeto, ele me interrompia constantemente.

Eu disse que não estava entendendo porque ele parecia estar bravo comigo. Ele disse que precisava dessas informações para fazer o que eu estava pedindo. Eu já tinha começado a achar aquilo tudo muito estranho, e disse que outras gráficas haviam me passado um orçamento sem eu precisar apresentar um projeto final para elas - (e meu cpf, rg, habilitação, declaração do imposto de renda, histórico escolar, etc e tal).

Ele me perguntou se estava falando em árabe comigo. E eu achei que tinha sido o suficiente. Disse que não precisava dos serviços dele, e que iria trabalhar com as gráficas que já haviam passado o orçamento. Falei que preferia educação antes de qualidade. E ele riu na minha cara e disse que eu era a primeira pessoa que dizia isso pra ele. Eu disse que tinha meus valores.

Ele estava gritando ao telefone, dizendo que eu não sabia o que queria. Eu pedi que ele desligasse o telefone, para que eu não precisasse desligar na cara dele. Mas ele continuou gritando um monte de coisas, que eu não ouvi porque já tinha desligado meus receptores auditivos, e em seguida desliguei o telefone também.


Aí eu fiquei pensando se o mundo não está mesmo acabando. Eu era uma possível cliente dele. E o cara me tratou como...sei lá como. Eu não trato nem empregado, nem bicho nem ninguém desse jeito. Eu acho que o princípio de tudo está na educação. Tratar bem as pessoas independente do que elas precisam ou do que nós precisamos. Mas, segundo o cara da gráfica, só eu penso assim.

Só pra citar outro exemplo de problemas com atendimento ao cliente, outro dia fui com meu digníssimo McDream numa loja do shopping e pedi pra mocinha um moedor de alho e cebola. Ela disse que ia verificar, foi até o balcão falar com a moça do caixa e disse: "Ai, eu queria um leite gelado e..."

E...aí eu parei de ouvir e saí da loja né? Gente, cade o profissionalismo dessas pessoas? Cadê a mãe dessas pessoas? Ninguém mais sabe a diferença entre o lugar de trabalho e a sala de casa? A diferença entre a esposa, a mãe, o cachorro dele que seja, e um cliente?

Pra mim, estamos no fim dos tempos. E é isso por hoje.

Beijo people.