quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Building Structures


Um guia para você construir um relacionamento bem estruturado



Este blog não tem por intenção se transformar em guia para os Rapazes, Incríveis e Aborígenes (/02 neurônio). Porém, revoltada com algumas das atuais circunstâncias, resolvo aqui tentar alertar aqueles que, além de serem mcdreamys, mcvets e derivados, durante toda a minha vida foram maioria absoluta no meu círculo de amizades.


Queridos e não queridos, amigos e não amigos leitores, homens são seres estúpidos. E não é pouco não. É muito.

As mulheres carregam o estigma do ciúme. Seriam vacas loucas de ciúme. Descontroladas. Ensandecidas. Perturbadas. Neuróticas.

Mas não são. Mulheres não são seres possuídos pelo demônio. O grande problema é que os homens são mestres jedis em abalar aquilo que se conhece como a bendida segurança.

Um homem nunca assume que aquela amiguinha, que vive pendurada no pescoço dele, na verdade é sua maior paga pau. Por mais que isso esteja claro, evidente e até escrito no orkut dela. Um homem nunca revela que já investiu naquela colega gostosíssima do trabalho – e que ou levou um belíssimo e categórico fora ou então já a traçou. Um homem é incapaz de dizer que quer sair com os amigos naquele belo sábado a noite e que quer que sua namorada ( ou escolha aqui o termo de sua preferência) fique no sofá, assistindo Kill Bill. Ao invés disso, prefere jurar que nada disso é verdade. Como se fosse um ser robotizado, programado para atender aos anseios femininos. E depois reclamam das exigências, birras e seus derivados.

“Ah Lola, você está louca. A mulher nos mata se falarmos essas coisas”.

Queridos, a titia garante: não mata não. Mulheres não aparecem no noticiário com seus ex-namorados de reféns.

As mulheres não são seres descontrolados. Na verdade, na maior parte do mês, elas têm muito mais controle do que qualquer homem bem evoluido. Elas só perdem o domínio de suas consciências a medida em que os homens não cultivam com elas o segredo de todo bom relacionamento de sucesso (pausa para a iluminação da palavra com holofotes à la Hollywood): a cumplicidade!

São vocês, meus xuxus, que não sabem cultivar esse sentimento. Por que será que na maioria das vezes os homens estão tão seguros e as mulheres se descabelam? Por que o cara não fica com medo de ir jogar bola e deixar a mulher com o dia todinho livre pra fazer o que quiser, acreditando que ela vai apenas fazer as unhas?

A mulher chega contando que foi cantada, que foi cortejada, que foi paquerada, que foi quase agarrada, que foi a tal lugar com tal pessoa. Ela conta tudo. E vocês pensam que é pra fazer ciúme. Quanta estupidez, minha gente!

A mulher faz isso porque conhece como ninguém a arte de cultivar a cumplicidade. Ela não quer te proibir de fazer nada. Ela não quer fazer bico porque você vai tomar cerveja com os amigos. Ela até quer que você saia sozinho às vezes, porque baby, acredite, ela também quer sair sozinha. Ninguém vira irmão siamês só porque está saindo/namorando/casado/derivados.

Já os homens criam um pacto de silêncio. Eles guardam aqueles episódios para si e para seus colegas, amigos, amigas, vizinhos. Mas pra mulher deles não pode contar. Por que negar o que está tão evidente? Por queeee?

Alou galera. Já foi o tempo em que o silêncio resolvia as coisas. Hoje temos orkut, sms, informações rolando na velocidade da luz. O namorado está conversando com uma periguete na balada e ao mesmo tempo a namorada já recebeu uma mensagem da sua mais nova amiga de infãncia (que estava lá no mesmo recinto) que fotografou e enviou a mensagem, junto ao endereço do perfil da bruaca no orkut. Ao mesmo tempo você já consegue descobrir toda a personalidade dela por comunidades como por exemplo, “Você me odeia? Seu namorado me ama!”.

Estamos na era da comunicação. Comunicai-vos, ora pois! Vamos conversar, falar o que rola, o que não rola, o que se quer, o que não se tolera, o que se faz, o que se quer fazer. Cartas na mesa, jogo limpo e assim por diante. E se no final o saldo é negativo, “boa sorte”, porque there are so many special people in the world, minha gente!

OBS: É complicado para as pessoas que já tem um relacionamento de anos-luz, tentarem estabelecer esta nova dinâmica. Sugiro que a técnica seja adotada nos primórdios. Porque depois que a insegurança se instalou, é um pouco mais penoso contruir a cumplicidade. Mas mesmo assim, vale a pena tentar.

OBS2: Não seja retardado de querer pegar uma balada federal no sábado a noite em que ela está com TPM. Não conte que a gostosa do trabalho te adicionou no MSN na semana da TPM. E cuidado com a liberdade que você dá para suas amigas do orkut na semana da TPM. Na verdade, você deveria cuidar sempre desse último item. Num dia de TPM feroz, ela pode lembrar do que leu no seu lindo scrapbook e você pode acabar no noticiario...

5 comentários:

  1. HAUiaHiuahiaU

    "Queridos, a titia garante: não mata não. Mulheres não aparecem no noticiário com seus ex-namorados de reféns."

    A-ME-IIIIIIII!

    AHUiahiuahia

    Calma "titia" Lola.
    E volta logo pra casa, senão "titio" te mata!
    ouquei beibe!?

    bjumeliga

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  2. eiii vc anda muito sumida.
    Pq???
    adoro aqui.
    beijinhus

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  3. Meu bem, vc quer deturpar aquilo que já está estabelecido por milênios luz?! rsrs. Há cumplicidade sim, são vcs que não notam. Aliás, já ouvir da boc de uma mulher que um cara cúmplice demais é um viado enrustido rsrs. Tava com saudade daqui! Bjus mequetrefados.

    http://so-pensando.blogspot.com

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  4. Concordo em número, gênero e grau!

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  5. Sempre tive um ciúme normal, sabe? Aquele que nem dá briga, mas que acende uma luz vermelha que pisca na cabeça quando sente que a pessoa querida/ amada está sendo cobiçada por outra. Nos últimos meses tenho tido que fazer um exercício de aceitar que sim, a pessoa de quem eu gosto tem outras. Nada sério, de acordo com ele. Mas gostar não é compromisso, ainda que correspondida, e as circunstâncias não nos permitem estar juntos agora. Assim, depois de meses aprendendo a conviver com isso, 10 dias atrás ELE deu um surto de ciúmes e acabou com toda e qualquer chance da gente voltar a estar jundo um dia. Até achei que eram outras razões, mas depois ele me chamou pra uma conversa e me pareceu mesmo que os ciúmes foram o fator decisivo. Enfim, fiquei (e ainda estou) em frangalhos, sem conseguir rir de mim mesma, quando hoje ele aparece no MSN reclamando que estou muito fria. Não dei assunto. Só sei que durante o tempo que foi impossível ter a pessoa de quem mais gostei ao meu lado, eu soube administrar o ciúme a meu favor. Mas quando foi na hora do maduro/ racional fazer isso, esqueceu dos últimos 20 anos que ele viveu e agiu como um menino de 16 anos, inseguro. Mas espero que ele recupere os 20 anos de amadurecimento agora que está percebendo que eu sempre me esforcei pra que ele tivesse certeza que é especial - o que não quer dizer que eu não consiga viver sem ele.

    Desculpe o comentário enorme, foi mais um desabafo.

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