sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Compulsão por e-mails






Tenho uma estranha compulsão por e-mails.

E-mails que explicam, que fazem considerações, que introduzem discussões, que as concluem, que se desculpam, que acusam.

Acho que é um problema do gênero. As mulheres e seus e-mails impertinentes...Já conheci várias com o mesmo vício. É assustador.

E não são e-mails curtos. São quilométricos. E não os escrevo de uma só vez. Escrevo, paro, penso, faço uma torta de bolacha, volto, escrevo um pouco mais, durmo, penso, apago tudo, escrevo tudo de novo igual, tudo diferente. A questão é que a cada vez tem mais palavras escritas no bendido e-mail.

Apesar de algumas pessoas ficarem traumatizadas de tanto receber e-mails de neuróticos, é preciso que se fale do lado bom: e-mails são conversas com o nível de descontrole emocional controlado.

Conversar ao vivo tem riscos: coisas físicas podem acontecer.
Conversas ao telefone são cansativas e caras.
Conversar por telegrama é muito breve.
Mandar carta demora, então quando a carta chega pode ser que sua opinião já tenha mudado ou até que você já tenha falado sobre o assunto ao telefone...ou pessoalmente...
Sinal de fumaça não é mais tão eficiente como nos velhos tempos...
Latinha com barbante só funciona se for vizinho...

Enfim, não consigo imaginar uma forma mais eficiente do que o e-mail para conversar sobre qualquer coisa que deixe um neurótico neurótico.

Infelizmente o e-mail tem grandes chances de ser tornar apenas um monólogo, pois não há certeza alguma de que o destinatário enviará algo em retorno. E então você não se aguenta, liga e pergunta: “E ai, recebeu? O que achou?” e pronto, o benefício todo da conversa com nível de descontrole emocional controlado foi para o Beleléu.

Mas paciência. C'est la vie.

A verdade é que quando você envia um e-mail para monologar ele é mesmo a melhor opção. É bom falar tudo o que precisa. Você não corre o risco de ser interrompida e tem certeza que é ouvida também. Ou melhor, lida - ou lido, no caso, já que é o e-mail.

Eu sou a favor do movimento “Mande um e-mail”. Precisou? Mande um e-mail!
E se você achar que precisa ligar pra pedir a resposta, liga. Mas e-mails costumam funcionar mais para tirar da cabeça aquelas frases que você fica imaginando que queria dizer. Se você liga, é bem provável que se descontrole dizendo coisas que não queria realmente dizer e ai vai querer mandar mais um e-mail chato pra se desculpar, dando início à repetição eterna.

Boa sorte.

Beijo da Lola

Ps: Ontem a tarde dormi na sala, vendo TV com a minha mãe. Quando acordei ela assistia "Brilho Eterno" e me disse: "Seu cabelo esta da cor do dela!". Pronto Kio. Apesar de estar com uma cor estranha já descobri qual é.

"Clementine: You like? To match my sweatshirt, exactly.
Joel: Ahaaahhhhh! Ohhhhhh! I like it!
Clementine: You do?
Joel: You look like a tangerine!
Clementine: Hmmm, Clementine the tangerine.
Joel: Juicy... 'n seedless.
Clementine: I like that. "

4 comentários:

  1. Lolaaaaaaaaaaaaa! Já fiz cada merda por e-mail. Eu resolveria tudo assim, se pudesse...
    Beijos!

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  2. PS: Nada de McDream no findi... Ai, ai... Deo mandar um e-mail beeeeem neurótico? rs

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  3. quem nunca fez uma merda por e mail?!

    eu já fiz varias...e sempre cago em cima do cagado e cago d enovo mandando e mails seguido de e mails, ao ponto de levantar 04h da manha ligar o computador e ver se possuo alguma resposta!

    nos neuroticos deviamos ser impedidos de usar e mails qnd temos algo não concetro e descontrolado para monologar!

    Acho que deve ser algum tipo de doença da sociedade moderna "O mal do e-mail" Sintomas : grande ansiedade e necessidade de mandar um e mail de conteudo D.R com pelo menos 02 folhas dizendo o porque disso e daquilo...

    Malditos e mails...

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  4. Lola
    m manda um email???
    kkkkkkkkkk

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